O título de pai e filho é somente fora dos gramados, cofessam Eduardo e Felipe Pereira, a dupla de preparadores físicos do River Atlético Clube. Quando os dois vestem a camisa do Galo, são os profissionais mais empolgados e dedicados e que tem em comum a paixão pela profissão.
No poleiro do Galo, pai e filho dividem as atividades em uma harmonia que vem, claro, por conta da boa relação que mantém em família. Quando Eduardo, que também é conhecido como Zecão, começou a trabalhar com preparação física dentro do futebol, já sabia da paixão do filho pela área, mas não imaginava ainda dividir os méritos com o “filho profissional”.
Oficialmente Eduardo Pereira começou a trabalhar com a preparação física de atletas em 2000. Felipe Pereira optou pela carreira somente em 2007. De lá pra cá, os dois trocam “figurinhas” diariamente e tiveram a sorte de estar jogando sempre do mesmo lado. “Para mim é gratificante demais ver o Felipe seguir a mesma área que eu trabalho. Mas, mais gratificante é ver ele crescer como profissional que é, ser formado, fazer especialização, se atualizar”, diz Eduardo, o pai.
Felipe Pereira conta que o pai sempre brinca dizendo que se um dia estiverem em times adversários, vai torcer para as escalas não se chocarem. Mas tudo não passa de uma brincadeira, porque para Felipe, o seu maior desejo é crescer profissionalmente independente de estar ou não trabalhando ao lado do pai. “Claro que ele é um espelho para mim, pelo profissional que é. Mas eu não gostaria de ser lembrado por ser o ‘filho do Zecão’. Quero ser lembrado pela minha dedicação ao trabalho. Assim como ele também é lembrado”, diz Felipe, o filho.
Os dois fazem questão de não se tratarem por “pai e filho” dentro de campo, mas a afinidade no dia a dia é nítida. “Nós nunca discutimos, sempre conversamos muito e por mais que o pensamento às vezes seja diferente, sempre entramos em acordo”, diz Eduardo Pereira. “Dentro de campo somos os profissionais e, como trabalhamos em equipe, nos damos muito bem. Afinal de contas, em qualquer time que estamos, sempre o nosso pensamento é o melhor trabalho para o clube”, confirma Felipe.
Aos 26 anos, Felipe demonstra uma seriedade no trabalho que, inclusive, contagia o espírito mais descontraído do pai, Eduardo Pereira. “O bom é que pensamos parecido e conversamos muito para que tudo seja feito em função do que o clube necessita. E até agora deu certo”, diz Zecão.
Felipe conta que os dois procuram ser parceiros dentro de campo, sem o sentimentalismo da relação ‘pai e filho’. Porém, ao final, Felipe confessa que tudo pode ser o espelho da relação que os dois têm fora do campo. “Fora de campo somos muito mais. Ele é meu pai, meu amigo, meu irmão, é tudo. E claro que isso facilita muito mais”, declara.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Clube/ Erica Maciel Paz
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