segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fernando Polozzi: O técnico do último título tricolor



Aos 55 anos e com o seu último título conquistado sob o comando do River Atlético Clube, o treinador Fernando Polozzi é hoje a confiança maior que o torcedor riverino tem de voltar a levantar a taça. Ele chegou no meio do caminho, assumiu o grupo no segundo turno e hoje conseguiu fazer do Galo Carijó, semifinalista do Returno e com chances reais de levar a taça pra casa.



Em entrevista especial, o técnico do Galo, Fernando Polozzi fala da carreira como jogador e treinador, da sua experiência na seleção brasileira, os desafios da profissão e ainda conta quem são os seus ídolos do passado e do presente.



Confira:



Como o futebol surgiu na sua vida?



Fernando Polozzi: Sem saber ,quando tinha 16 anos ,fui convidado a participar de um jogo na minha cidade (Vinhedo). A equipe adversária era da cidade vizinha (Valinhos), que por coincidência jogou por esta equipe o treinador do Juniores da Ponte Preta. Elegostou do meu futebol e me pediu para levar meus documentos para me inscrever no campeonato paulista de juvenil. Aí, foi sorte!



Qual a sua trajetória como atleta, os clubes que passou?



FP: Daí em diante, joguei 4 anos de amador na Ponte e três anos no profissional, aonde fui convocado para a Copa do Mundo da Argentina, com 22 anos. Em janeiro de 1979 fui transferido para o Palmeiras, aonde joguei mais 5 anos. Depois joguei no Botafogo, de Ribeirão Preto; no Bangu, do Rio de Janeiro; no Bandeirante, de Birigui; Araçatuba; Linense; Toledo, no Paraná; e encerrei minha carreira como atleta no Tiradentes de Brasília, em 1992.



Como foi a experiência da Seleção Brasileira na sua vida?



FP: Foi o momento mais importante na minha carreira, consegui alcançar o que todos jogadores sonham em ser convocado para a Seleção Brasileira. Jogar ao lado de craques é uma experiência muito importante para nossa carreira e estar na seleção é viver contos de fadas.



Quais os títulos já conquistados como técnico de futebol?



FP: Conquistei dois títulos no Japão Estudantil; fui campeão com o juniores do Goiás; acesso com o Guará, de Guaratinguetá; vice-campeão com o União Barbarence e com o Garça Futebol Clube, no A3. E por último, fui campeão com o River em 2007.







Polozzi/Imprimiu confiança no grupo e hoje colhe bons frutos


Qual a diferença do River campeão em 2007 e o River de hoje?



FP: A diferença é que aquele River de 2007 já é o campeão e este de 2011 ainda vai ser.



O que vai fazer o River conquistar o título nesta temporada? Existem chances reais para o Galo?



FP: Nós tivemos uma experiência na vitória contra o Comercial que mostra como ser o campeão nesta temporada. Com a determinação, aplicação da tática, vontade, garra e outros adjetivos usados neste jogo é que se faz uma equipe campeã.



Qual a maior dificuldade que hoje você enfrenta nessa carreira?



FP: Foram 20 anos como atleta profissional e 19 anos como treinador. Já disputei todos os campeonatos existentes no Brasil, de Copa do Mundo, Libertadores, Brasileiros de Série A , B e C; Paulista A1, A2, A3; segunda divisão e primeira divisão de outros estados. A minha maior dificuldade é fazer os dirigentes de grandes clubes perceberem que sou experiente o suficiente para dirigir qualquer time da primeira divisão do Brasileiro.



A instabilidade dos pequenos clubes afeta muito a carreira de quem deseja seguir como técnico? Afeta também a vida particular? Criar filhos com tanta instabilidade financeira dá muito trabalho?



FP: Sim, afeta muito porque não se tem estabilidade de emprego, nem garantias. Só vivemos da vitória e esses clubes não dão uma condição boa de trabalho, estando nós desempregado com as derrotas. Afeta demais a vida particular na família.



O que você acha que falta nos clubes pequenos do futebol brasileiro para que possam subir?



FP: Falta dinheiro, investimento. Um clube profissional custa muito caro, sem dinheiro, o time tende a continua pequeno.



Qual o comparativo que hoje você faz dos atletas de antigamente e os atletas da atualidade?



FP: A técnica era melhor, os jogos eram mais cadenciados, existiam muito mais craques do que na atualidade. Hoje, os jogos são mais disputados, a força física aumentou, a técnica diminuiu, a velocidade dos jogos também aumentou.



Era mais difícil antes a concorrência nos gramados para quem era jogador de futebol?



FP: Muito mais difícil no passado para ser profissional da bola, porque existiam muitos craques e o mercado não envolvia tanto dinheiro. Hoje envolve muito dinheiro e os empresário querem fazer jogadores profissionais apenas profissionalizando qualquer garoto que tenha uma boa estatura e um bom porte físico. Muitos têm dado certo para o futebol de força que se pratica na atualidade



Qual a principal característica que o jogador precisa ter em campo para agradar ao treinador Fernando Polozzi?



FP: Ele precisa de três fundamentos básicos: um bom passe, a valorização da posse da bola e cumprir ordem tática.



Quais foram os seus ídolos do passado?



FP: Leão, Eurico, Luis Pereira, Alfredo Mostarda, Zeca, Dudu,Ademir da Guia, Edu, Leivinha, Cesar Maluco e Ney.



E quais os atletas que hoje você admira, das mais novas gerações?



FP: Neymar e Messi, e os times do Santos e Barcelona, mas...(risos), eu sou Palmeirense


Fonte: Assessoria de Imprensa do River / Erica Maciel Paz

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