Torcedora do Gama aguarda início da partida contra o Brasiliense. Alvi-verde precisava da vitória para arrancar no Candangão. Não decepcionou.
O Campeonato Brasiliense de Futebol, mais conhecido como Candangão, é acompanhado por públicos pagantes modestos. A capital do País é muito apegada aos times do Rio de Janeiro e São Paulo e a imprensa local não faz qualquer esforço para motivar o comparecimento aos estádios. A resistência vem do Gama, a 40 km da rodoviária do Plano Piloto.
O alvi-verde fundado em 1975 leva o mesmo nome da cidade. Sua torcida sofre com a queda para a quarta divisão do brasileiro em 2010 e com a escassez de um título distrital. A última taça foi levantada em 2003. De lá para cá, o Brasiliense (fundado em 2000), foi hexacampeão (2004 a 2009), perdeu para o Ceilândia em 2010 (primeiro título do time) e recuperou a ponta no ano passado em cima do combalido Gama, que só voltará a disputar a lanterna do nacional se for campeão ou vice do rival de Taguatinga (o Brasiliense também caiu na tabela, está na terceira divisão).
Isso tudo poderia acabar automaticamente com qualquer manifestação de apoio do torcedor a um time. Sem resultados e em crise administrativa, o Gama, no entanto, tem um patrimônio invejável nas arquibancadas do Bezerrão, onde manda seus jogos. A vitória por 3 x 2 sobre o Brasiliense na noite do último sábado (03/03/12), de virada, foi acompanhada por sete a dez mil espectadores, a maioria esmagadora "periquitos" (nome do mascote do Gama).
O alvi-verde fundado em 1975 leva o mesmo nome da cidade. Sua torcida sofre com a queda para a quarta divisão do brasileiro em 2010 e com a escassez de um título distrital. A última taça foi levantada em 2003. De lá para cá, o Brasiliense (fundado em 2000), foi hexacampeão (2004 a 2009), perdeu para o Ceilândia em 2010 (primeiro título do time) e recuperou a ponta no ano passado em cima do combalido Gama, que só voltará a disputar a lanterna do nacional se for campeão ou vice do rival de Taguatinga (o Brasiliense também caiu na tabela, está na terceira divisão).
Isso tudo poderia acabar automaticamente com qualquer manifestação de apoio do torcedor a um time. Sem resultados e em crise administrativa, o Gama, no entanto, tem um patrimônio invejável nas arquibancadas do Bezerrão, onde manda seus jogos. A vitória por 3 x 2 sobre o Brasiliense na noite do último sábado (03/03/12), de virada, foi acompanhada por sete a dez mil espectadores, a maioria esmagadora "periquitos" (nome do mascote do Gama).
Bola em jogo e torcida do Gama se posicionando nas arquibancadas e cadeiras. O Bezerrão recebeu o melhor público do campeonato em 2012.
É uma torcida ativa, aguerrida. O susto logo nos primeiros minutos com o gol contra de Jhony não calou o estádio. O Gama não jogou bem os 45 minutos iniciais, mas empatou de pênalti aos onze. O domínio continuou com o Brasiliense e o time da casa deixava dúvida se iria resistir à boa atuação de Ferrugem, que acaba de trocar a camisa alvi-verde pela amarelona. Que nada! A torcida ajudou a superar as deficiências, virar o jogo e não se deixar abater pelo empate (justamente o "traidor" Ferrugem).
O "ponta direita" driblador Kelvin correspondeu. O autor do segundo e terceiro gols jogou tão bem que o torcedor já está com medo do Brasiliense levá-lo, como fez com Ferrugem. Falta dinheiro ao Gama, faltam títulos, só não está faltando paixão, não importando a situação e a divisão.
O "ponta direita" driblador Kelvin correspondeu. O autor do segundo e terceiro gols jogou tão bem que o torcedor já está com medo do Brasiliense levá-lo, como fez com Ferrugem. Falta dinheiro ao Gama, faltam títulos, só não está faltando paixão, não importando a situação e a divisão.
É dessa forma que deverá superar a longa má fase, a exemplo do Santa Cruz de Recife, que foi ao fundo do poço, nunca perdeu o apoio da sua calorosa torcida e saltou para a terceirona. Que jogão de bola no Candandão! Há futebol, sim, longe da TV.
Estádio Bezerrão. Bem iluminado, amplo estacionamento e ótimo para a prática do futebol. Brasília tem campeonato, basta o torcedor dar uma chance. (fotos: Mauro Sampaio - Acessepiaui)
FONTE : MAURO SAMPAIO / BRASÍLIA - ACESSEPIAUÍ
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